* Mesmo com tanto falatório a Arena do Jacaré não teve nenhum problema nos jogos realizados lá até agora pelos nossos clubes. Prova que houve exagero nas críticas de dirigentes, jogadores e colegas da imprensa, cada um por seus motivos específicos.

Dentro de campo o Cruzeiro tem sido o mais feliz dos nossos clubes: foram cinco partidas, com quatro vitórias, um empate e nenhuma derrota sequer. Nem o dono da casa, o Democrata, tem essa invencibilidade depois da reforma, pois perdeu um amistoso para o Villa Nova, 2x 1, e para o Sport de Juiz de Fora, 1 x 0, pelo Campeonato Mineiro da Segunda Divisão.

Time e banco

Amanhã haverá novamente uma grande festa da torcida do Cruzeiro, repetindo quarta passada, quando goleou o Guarani. Com o time afinado do jeito que está, é difícil imaginar um resultado ruim diante do Ceará. O time tem boas peças de reposição, e o técnico Cuca pode recorrer com tranquilidade ao banco de reservas para suprir os desfalques. Neste jogo, por exemplo, não tenho a menor dúvida que o lateral Rômulo está jogando muito mais que Jonhatan, dando mais retorno ao time com seus cruzamentos precisos e presença na área.

Pisca alerta

Fez bem o presidente Alexandre Kalil em reconhecer que o sinal de alerta foi ligado e que todas as luzes estão piscando na Sede de Lourdes e Cidade do Galo, no sentido de evitar o pior neste Campeonato Brasileiro.

Em quase 30 minutos de entrevista disse esta tarde, disse, dentre outras coisas, que não é nenhuma multa que o impede de demitir o técnico Vanderlei Luxemburgo.

Realmente a situação é delicada: em 2005, o Atlético demitiu Tite, trocou de treinador várias vezes e caiu.

Com toda pressão o time começa encarar decisões de vida ou morte a partir de amanhã  contra o Fluminense, no Rio.

Kalil também tocou em um problema sério que sempre surge quando um clube grande está nessa situação: se um jogador ou qualquer membro da cúpula dá um sorriso, aquilo será visto como falta de compromisso e baderna; e aquilo que já falamos aqui: se um jogador estiver tomando um guaraná em público, será dito que é cerveja; um café vira um traçado; uma soda limonada será vodka. E reconheceu que isso é normal, porque ninguém aceita um time desses nessa situação. Fica todo mundo procurando por erros e culpados.

E para acabar com isso, só vitórias e muitos pontos para sair do atoleiro.  

 

Reação americana

Que bom que o América conseguiu segurar o atacante Diego Clementino em seu elenco. Através de empresários, o Grêmio partiu com tudo para levá-lo para Porto Alegre. Chegou ao ponto de querer tirá-lo da concentração hoje, no Maquiné Park Hotel, em Caetanópolis, para viajar logo.

O jogador é grato ao Coelho por repatriá-lo do futebol iraniano e tomara que os gaúchos não voltem à carga com um caminhão de dinheiro que possa virar a sua cabeça.

Ficando no América, Diego Clementino pode valorizar-se mais ainda, entrando para a história ao ajudar o clube a subir para a Série A. No fim do ano, além do Grêmio, outros grandes clubes estarão atrás dele, e o América em melhores condições financeiras para tentar segurá-lo. 

Momento certo

Muitas vezes o jogador de futebol se ilude com números oferecidos por empresários e forçam a sua saída dos clubes que os têm sob contrato. Não pensam se é o momento certo e nem se informam sobre as condições que enfrentará no futuro patrão e na cidade onde vai morar.

O promissor atacante Leo entrou nessa e foi parar na Coréia, com temperaturas beirando zero grau. Ainda bem que voltou a tempo de recomeçar a carreira de goleador.